quinta-feira, julho 26, 2007

Homenagem aos pais.


HOMENAGEM AOS PAIS.



A Associação dos Idosos de Itapevi comandada pela Dona Terezinha Jardim e tendo o Assistente Social Vilobaldo como técnico, juntamente com o CCI (Centro de Convivência do Idoso), promoveram reunião de organização em 25/julho/2007, reunião de preparação para homenagearem os pais em seu dia.
O evento será realizado no Casarão da Vila, antiga sede da 3º idade dia 10 de agosto vindouro.Será um almoço com direito a orquestra, tendo tudo para ser um grande e inesquecível dia para os nossos idosos, garante Vilobaldo e a equipe de organização.
Se você empresário ou pessoa física quiser fazer uma doação de brinde a ser sorteado ou presenteado aos idosos, pode procurar a Associação dos Idosos de Itapevi, que fica na Rua Joaquim Lemos nº 9, no Centro, onde também funciona o CCI.
Na reunião estavam presentes, Vilobaldo; Izilda; Eliana; Neném; Suely; Igor; Bira; Nilza e Donizetti Hernandez (Conselho do Idoso).

“Uma sociedade ótima para os idosos, é uma sociedade ótima para todas as idades”.

Contribua para que sejamos uma ótima sociedade!

segunda-feira, julho 16, 2007

Inicio de Julho, mais acidentes.


Inicio de Julho, mais acidentes.






Acidente no Corredor Oeste ( Av. Ferez Nacif Chaluppe), no sentido Centro de Itapevi, Rotatória da COHAB, faixa da esquerda, a 10 metros após a passarela da CPTM, um automóvel chocou-se na traseira de ônibus da Empresa Benfica.
O ônibus encontrava-se quebrado parado na faixa da direita da via; a deficiência de iluminação pública que está se tornando um transtorno nas cidades da região e em especial em Itapevi, colaborou para o condutor do automóvel não visualizasse o ônibus.
O acidente causou quatro vitimas, ficando em estado grave, mas felizmente não correm risco de perder à vida.
Acidentes como este estão se tornando corriqueiros em nossa cidade, colocando em risco à vida de motoristas e pedestres, e na noite com a constante falta de iluminação pública, talvez infelizmente uma rotina pode se tornar os acidentes.A atuação dos profissionais do trânsito; Guarda Municipal; Policia Militar e em especial a ação dos Profissionais da SAMU tem que ser ressaltada no imediato socorro as vitimas, a via ficou interditada para o trânsito até as 00:02 horas da manhã

sábado, julho 07, 2007

9 de julho de 1932




A História

De Paula, Jeziel. 1932: Imagens Construindo a História.
Campinas / Piracicaba - Ed. Unicamp / Ed. Unimep, 1999. 310p

http://www.geocities.com/athens/atrium/8125/ensaio.html

De uma maneira geral e por muito tempo, os estudos sobre o evento que ficou conhecido na historiografia brasileira como a Revolução Constitucionalista de 1932 se caracterizaram basicamente por uma polarização radicalizada entre dois discursos antagônicos que, de um lado reproduzia a visão dos vencedores chamada varguista ou getulista, e de outro a versão dos vencidos conhecida como paulista ou triunfalista.

Optei por empregar os próprios termos com que, na época, se autodenominavam os dois lados adversários no conflito: a visão ditatorial e a constitucionalista. Também é possível detectar, principalmente nos círculos acadêmicos dos anos sessenta e setenta, uma tendência em aproximar as versões explicativas do acontecimento ao discurso dos vencedores propagado em pleno exercício do poder. Tal interpretação exerce, ainda hoje, forte influência na área educacional, notadamente nos livros didáticos e fascículos para-didáticos de primeiro e segundo graus.

A versão dos vencidos, por outro lado, predomina absoluta na vasta literatura de cerca de trezentos títulos escritos pelos memorialistas, quase sempre ex-combatentes e participantes do movimento. Essas memórias, escritas às pressas em plena guerra ou logo após o armistício, contam uma história que fala mais de seus ideais, seus sonhos e suas paixões do que sobre a realidade que os gerou.

Como toda guerra, a de 1932 também criou sua própria mitologia. Os mitos nascidos no calor da luta dificultaram a compreensão da multiplicidade do processo. Tanto a versão ditatorial como a constitucionalista perduram até hoje vivas naquilo que conhecemos como memória coletiva. Ambos os discursos foram largamente utilizados desde as primeiras horas do conflito, até mais recentemente, em artigos publicados pelos meios de comunicação.

Tais conceitos, no entanto, têm sido retomados e severamente revisados por alguns historiadores brasileiros e brasilianistas desde o final da década de 1970. Paradoxalmente, a chamada Revolução de 32 - interpretada por muitos como um marco de nossa história republicana - permanece como um dos episódios menos conhecidos da história recente do Brasil. Tanto a análise das causas que levaram à guerra, como o entendimento de suas conseqüências na sociedade, ainda persistem polêmicos e controvertidos, independente de críticas e revisões historiográficas.

Felizmente alguns dados explicativos sobre o acontecimento podem ser considerados consensuais. Em grande parte, o movimento de 1932 foi gerado pelos inevitáveis desdobramentos do amálgama de interesses que fundia momentaneamente os múltiplos e contraditórios projetos da revolução liberal de outubro de 1930.

A cisão militar no interior das forças armadas brasileiras, a dissidência política no seio da Aliança Liberal que detinha o poder no país; a grande adesão social com voluntários civis e o suporte logístico fornecido pela população; bem como, o fundamental apoio econômico dos setores produtivos (industriais e operariado), forneceriam aos trágicos eventos que se seguiram, todas as características de uma guerra civil.

Tiveram a duração de oitenta e cinco dias (de 09 de julho a 02 de outubro de 1932). Geograficamente se desenvolveram, sobretudo, nos estados de São Paulo e Mato Grosso (norte e sul). Também ocorreram alguns episódios isolados no Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Pará e Amazonas.

A guerra civil de 1932 assumiu em muitas ocasiões o aspecto de uma luta encarniçada e selvagem. Ódios, paixões e ideais inspiravam os dois lados a lançarem mão de quaisquer recursos para abater o adversário. O número de mortos em combate, somente do lado paulista, somou cerca de oitocentos e trinta soldados, quase o dobro dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que perderam a vida nos campos da Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

Se for estabelecido um período de quatro décadas de nossa história (que vai de 5 de julho de 1922 a 31 de março de 1964), e considerados seus incontáveis golpes, motins, revoltas, marchas, quarteladas, revoluções e intentonas, teríamos a singularidade de ser a guerra civil de 1932 o único movimento que teve como bandeira uma luta armada a favor de um poder constituinte, ao contrário de todos os outros que, apesar de também terem como objetivo maior a "redenção" do Brasil, foram dirigidos contra um poder constituído.

As características sui generis deste episódio não param por aí. Ao que parece, não existem registros em nossa história de algum outro movimento revolucionário em que a preservação da memória, a comemoração do evento e o culto aos heróis, sejam tradicionalmente realizados pelos vencidos e não pelos vencedores da guerra. Outros aspectos importantes dessa singular insurreição referem-se aos seus dois superlativos: visto por muitos como o maior movimento armado que já se registrou em território brasileiro, bem como, possivelmente, a maior mobilização popular já ocorrida na história do país.

As pistas e vestígios encontrados nas fotografias, bem mais que fornecer respostas, sugerem perguntas e formulam conjecturas, levando a uma (re) exploração de outras fontes historiográficas. Essa característica documental da imagem, contribuindo para uma ampliação do olhar historiográfico sobre o tema, facilitou a construção de novas leituras do mesmo universo, revelando implicações diferentes das traçadas por outros estudos. Foi possível propor algumas hipóteses interpretativas, nem sempre coincidentes com os argumentos sugeridos pelas versões predominantes do evento. Como já dito por alguém, o historiador não é aquele que sabe, mas aquele que procura.
"Os camaradas não disseram que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento."

(Carlos Drummond de Andrade)