sábado, maio 19, 2012

CONTINUAM EXPLORANDO O POVO NORDESTINO



"Esmola que se dá ao cidadão ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão"
Luiz Vieira - Luiz Gonzaga


Desde o reinado de Don Pedro II, com decretos prometesse atenuar ou acabar com a seca no nordeste brasileiro, açudes são construídos, o Estado investe vultuosas quantias de recursos financeiros a fundo perdido, prometesse acabar com a fome, mas como acabar com a fome de um povo guerreiro e forte a do povo Nordestino, quando se constrói os açudes nas terras dos "Donos da Terra", as tecnologias que hoje o mundo e o próprio país detém permitiriam um investimento real e definitivo para garantir a dignidade e a cidadania ao forte povo do nordeste de nosso Brasil, mas porque fariam isso? a reportagem da serie UOL dá uma dica, assim não ficamos em uma disputa nas eleições nas prefeituras em 2012, com a indigna discussão de parasitas do Estado e seus seguidores que não perceberam ainda que somente ficam com as migalhas e muitas vezes somente com a expectativa de poder comê-las um dia, não iludam-se as vezes morrerá de fome, nem as migalhas lhes restarão é muita boca para alimentar e pouca migalha para compartilhar.

Aparecido Donizetti Hernandez
Poeta: Marcas Poéticas/ Poetas del Mundo
Tecnólogo Gestão Pública
Especialista Contabilidade Pública Responsabilidade Fiscal
Pós Graduando: Gestão Publica UTFPR/UAB-Itapevi-SP



Alimentada pela escassez, "indústria da seca" fatura com a estiagem no Nordeste

Carlos Madeiro

Do UOL, em Tacaratu (PE)


A seca no Nordeste é sempre sinal de sofrimento para o sertanejo. Mas a falta de chuva também movimenta o meio político e o comércio das cidades atingidas pela estiagem. A chamada “indústria da seca” fatura alto com a falta de alimentos para os animais e de água para os moradores.

O exemplo mais conhecido no sertão –e relatado por diversos moradores ao UOL–  é o uso político na distribuição dos carros-pipa, marca registrada do assistencialismo simples. Segundo os relatos, alguns políticos visitam as comunidades e se apresentam como “responsáveis” pelo envio da água. Os moradores também reclamam da alta nos preços de serviços e alimentos para os animais.cidade
“A prefeitura nos ajuda muito, nos mandando água por carros-pipa. Às vezes demora, mas sempre vem”, conta a agricultora Maria Gildaci, 66, de Tacaratu (PE), sempre citando que o prefeito é "quem manda" o carro para a sobrevivência dela e da família, que vive em uma pequena casa no sítio Espinheiro. 
Falas como a Gildaci, agradecendo os políticos, são comuns, mas a prática está sendo combatida por organizações do semiárido. “Água é um direito, não é dada de favor. Agricultores relatam com frequência que vereadores se apresentam trazendo carros-pipa e que prefeitos estão se utilizando disso para as eleições. Estamos fazendo levantamentos e vamos tentar identificar onde isso está ocorrendo para tomarmos providências”, afirma o coordenador da ASA (Articulação do Semiárido), Naidson Batista.
Para Batista, o uso político da água é histórico no Nordeste, mas vem perdendo força nos últimos anos. “A indústria da seca, na história brasileira, é um instrumento de alguns, em detrimento de outros, para aumento de poder econômico, político ou social de determinado grupos. Embora ela venha perdendo força, não seria possível erradicar uma prática de 400 anos em apenas 10”, afirma.
Segundo o coordenador, os investimentos cobrados, como poços, barragens e cisternas, não foram feitos a contento ao longo dos anos, o que facilitou a política assistencialista. "Isso faz parte da indústria da seca, pois deixa o sertanejo vulnerável, à espera sempre de ações emergenciais."
O diretor do Polo Sindical do Médio São Francisco da Fetape (Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Pernambuco), Jorge de Melo, também relata que políticos e fazendeiros ainda se aproveitam da seca para lucrar. “É só começar a escassez de alimentos para ter gente aumentando o preço das coisas. É o que chamam da lei da oferta e procura. Além disso, há um claro uso político, que vem sendo combatido e está enfraquecendo, mas ainda existe no sertão”, diz.
Para tentar reduzir o desvio político da água, o governo de Pernambuco anunciou, na última quarta-feira (16), que os carros-pipa contratados pelo Estado serão equipados com GPS e terão fiscalização dos conselhos de desenvolvimento dos municípios –que ficarão responsáveis por enviar relatórios mensais sobre o cumprimento dos cronogramas.

MAPA MOSTRA AS CIDADES VISITADAS PELO UOL EM QUATRO ESTADOS

  • Arte UOL

Ganho econômico

Além do uso político, muitos setores da economia também faturam com a venda de produtos. Um dos exemplos é a palma (espécie de cacto que serve de alimento para o gado). Segundo os moradores, o preço da tarefa de palma (equivalente a uma área plantada de 3.053 m²), que antes da estiagem ficava em torno de R$ 1.200, hoje chega a custar até R$ 2.500 em algumas localidades de Alagoas e Sergipe.
“Quem tem sua palma plantada para os seus animais não quer vender. Agora a seca é boa para aqueles que plantam a palma como investimento e estão vendendo mais caro e lucrando muito”, citou o produtor Vilibaldo Pina de Albuquerque, de Batalha (AL).


Em Sergipe, os investidores estão comprando carros-pipa para ganhar dinheiro. “Hoje, quem tem um dinheiro sobrando está comprando um carro-pipa para distribuir água. Demanda é o que não falta. Aqui estamos precisando de mais, mas não há”, diz o coordenador da Defesa Civil de Poço Redondo (SE), José Carlos Aragão. "E o carro-pipa não é a solução, e só uma política emergencial. Hoje você leva a água, amanhã já precisa de novo. É um investimento de curta duração."O carro-pipa também é um negócio rentável. Os preços cobrados pelos “pipeiros” no sertão inflacionaram com a seca. “Existe, e muito, a indústria da seca. Um exemplo: antes, a prefeitura contratava um carro-pipa por R$ 100 para lavar o matadouro. Hoje, para o sujeito trazer a mesma quantidade de água ele obra R$ 200. E olhe que o preço do combustível não subiu e ele pega água no mesmo lugar”, afirma o secretário de Infraestrutura de Batalha (AL), Abelardo Rodrigues de Melo.

Na cidade sergipana –a mais afetada do Estado, com 15 mil pessoas atingidas pela estiagem--, o movimento de carros-pipa é intenso e atua em diversos setores da economia. Na oficina de Antônio Rodrigues, cresceu a procura por consertos dos caminhões. “Hoje 30% do que faturo é com esses carros. Contratei até uma pessoa para me ajudar, porque a procura é grande e tem caminhão aqui todo dia. Queria não ter mais esse serviço, que aqui chovesse e o povo parece de sofrer. Mas estou trabalhando dignamente.”

Melhores condições

Para o economista Cícero Péricles, apesar da “indústria da seca” ainda existir, as condições de enfrentamento do sertanejo à seca atual são melhores do que aquelas enfrentadas na última grande estiagem, em 1998.
“Há mais de uma década a política de água obteve ganhos consideráveis pela entrada das cisternas e barragens subterrâneas nos espaços da agricultura familiar, reforçando os antigos instrumentos, como os poços artesianos, tubulares, barreiros, açudes e adutoras. A presença dos órgãos públicos mudou da intervenção exclusivamente assistencialista e emergencial para instituições públicas, com maior capilaridade, municipalizadas, que fazem a cobertura permanente com os programas sociais. A ampliação da Previdência Social no campo, assim como de programas de transferências de renda, a exemplo do Bolsa família, reduziram em muito a pobreza absoluta no meio rural”, afirma o economista.

quinta-feira, maio 17, 2012

CORTE DE ENCARGOS NA ENERGIA ELÉTRICA


Corte em encargos pode reduzir conta de luz imediatamente, diz Aneel

JULIA BORBA
DE BRASÍLIA

O governo tem em mãos uma lista com, pelo menos, três encargos que pretende eliminar para reduzir o preço da energia, afetando imediatamente a tarifa ao consumidor. A afirmação é do diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Edvaldo Santana.

O corte de encargos causaria, na sequência, uma redução na conta de luz.

A possível adoção das medidas é vista como uma forma de acalmar os ânimos da indústria, pressionada pela perda de competitividade, e para reduzir a tarifa cobrada nas contas, uma das mais altas do mundo.

Até o momento, os encargos mais cotados para serem extintos são a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), que serve para custear a geração de energia na região Norte; a RGR (Reserva Global de Reversão), fundo criado para indenizar usinas que não fossem amortizadas; e o ESS (Encargos de Serviços do Sistema), usado para garantir a segurança da oferta de energia.

De acordo com Santana, dependendo do encargo que o governo decidir cortar dentre os dez cobrados atualmente, não haverá necessidade de prazos para adaptação, com resultado imediato sobre as tarifas.

Os três encargos que estão na lista do governo são dispensáveis e apenas um deles (o CCC) não pode ser suprimido imediatamente.

"A RGR já deveria ter acabado no ano passado, mas o governo prorrogou até 2035. A rigor, se o governo quiser extinguir esse encargo, não tem problema", disse.
Sobre a ESS, disse que "jamais deveria ter existido". Santana também é a favor do fim da CCC, mas destacou que a medida requer que se observe os prazos de contratos em vigor.

ISOLADOS

Atualmente, Estados como Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Acre e Amapá não estão interligados ao restante do sistema elétrico nacional e, por isso, precisam fazer uso de fontes mais caras de energia - como o óleo diesel.

"Enquanto existirem sistemas isolados é preciso ajudar esses consumidores a pagar pela energia elétrica", diz o diretor da Aneel.

Para equalizar os valores cobrados de cada usuário nas diferentes regiões do país, parte da diferença nas tarifas é distribuída a todos Estados.

A previsão é de que o governo integre grande parte do sistema ainda no ano que vem. Mesmo assim, alguns contratos continuariam tendo de ser honrados, impedindo a extinção imediata da CCC.


ENSINO TÉCNICO NA USP

As inscrições vão até dia 17 de maio, quinta-feira agora!!
 As inscrições devem ser feitas no site http://www.vestibulinhoetec.com.br/home/ . 
 Taxa de R$ 25,00 para a inscrição.

segunda-feira, maio 14, 2012

PIEDADE, MINHA MÃE!

PIEDADE, MINHA MÃE!
Aparecido Donizetti Hernandez
11-maio- 2012 – 11h56



Sabes que lhe amo, estamos sempre em contradições!
Muitas vezes não a compreendo,
tu muito menos compreendes meus desígnios.
Cada qual vem a essa vida
pra cumprir uma tarefa uma missão.

Nem todos as cumprem, apegam-se a bens materiais.
Apego que não lhe ajudam a evoluir e não contribuem para
a evolução Humana.
Todos sofrem nesse frágil corpo!
Corpo perfeito feito para funcionar sem dores,
Com prazo de validade nesse tempo de sofrimentos.

O Senhor nos deu o livre arbítrio, nos colocou em vossos braços.
Vivo chegamos, não devíamos estar em vossos braços
em um corpo sem vida, com hematomas e feridas.
Cada qual com seus desígnios, em vossos braços com vida,
Juntos na eternidade estaremos nas muitas moradas do nosso Senhor.


domingo, maio 13, 2012

NÃO É PRIVILÉGIO NOSSO


Não é privilégio nosso
Legislações tentam fechar o cerco da corrupção em todo o mundo

”O Brasil não é o país mais corrupto nem detém o monopólio da corrupção”, afirmou a advogada Isabel Franco, sócia do escritório de advocacia Koury Lopes, em palestra no CRA-SP a convite do Grupo de Excelência Ética e Sustentabilidade, quando falou sobre a evolução da legislação anticorrupção no mundo e seus efeitos nas empresas brasileiras e filiais de multinacionais no País. “Enquanto são desembolsados US$ 100 bilhões por ano no desenvolvimento do ser humano, o que é gasto com corrupção supera a casa dos US$ 3 trilhões. Apesar disso, sou otimista quanto ao seu combate. Quando era pequena dizia-se que educa-ção se aprendia na escola. Hoje, as empresas estão se tornando responsáveis pela ética, transparência e educação da sociedade, o que significa que podem lutar contra esse mal”, enfatizou.De acordo com dados da Transparency International, organiza-ção global que mede a percepção da corrupção, na América Latina, por exemplo, as empresas brasileiras são menos corruptas queas da Argentina, Peru, Venezuela e Haiti. As chilenas, ao lado das de Nova Zelândia, Dinamarca, Estados Unidos e Austrália, são as que menos cultuam esse hábito. No âmbito da legislação internacional, Isabel chamou a atenção para a aplicação da FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), lei americana que objetiva coibir a corrupção entre todos que, de alguma forma, fazem negócios envolvendo os Estados Unidos. “A FCPA criou sanções penais e cíveis para empregados, administradores e representantes de empresas que pratiquem esses atos no estrangeiro, quer realizados diretamente pelas matrizes das empresas americanas ou por suas subsidiárias em qualquer país.” Outro golpe contra a corrupção no mundo corporativo foi dado pela “UK Bribery Act”, “a lei britânica da propina”. Entre as novidades, explicou Isabel, está a responsabilização das empresas caso elas não tomem os cuidados necessários para impedir a corrupção. O que se espera, com isso, é “garantir o comportamento adequado dos altos executivos”. A lei britânica prevê punições que variam desde a devolução de todo o lucro obtido com o ganho gerado pelo pagamento da propina, passando por multas ilimitadas e prisão por até dez anos. Isabel lembrou que a legislação brasileira é ampla. Além do Código Penal, o combate ao mal está previsto na Lei de Improbidade Administrativa, no Código de Conduta da Alta Administração Federal e na Lei 7.492 (colarinho branco). Como não bastasse, tramita no Congresso o Projeto de Lei 6.826/10 (Lei Anticorrupção) que pune empresas favorecidas por desvio de recursos públicos. As sanções deverão alcançar o patrimônio como forma de garantir o ressarcimento dos valores aos cofres públicos.

Fonte: Administrador Profissional. [CRA-SP] nº 310  -  Luiz Gallo