sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Lenda Árabe

Lenda Árabe
Diz uma lenda = Árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia: "Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada no rosto". Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram tomar banho. O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu numa pedra: "Hoje, meu melhoramigo salvou minha vida". O outro amigo perguntou: - Por que, depois que te magoei, escreveu na areia e agora, escreves na pedra? Sorrindo, o outro amigo respondeu: - Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar a lembrança. Por outro lado quando nos acontece algo grandioso, deve gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum em todo o mundo poderá apagá-lo. Transcrita por: Aparecido Donizetti Hernandez

Fotos: Monalisa Lins

Mesquita Árabe, Localizada na Av. Do Estado - São Paulo-SP.
Escola Islâmica Brasileira, Localizada na Vila Carrão-Zona Leste-São Paulo-SP.
foto montagem: Hernandez

Árabes


Seus costumes chegaram ao Brasil indiretamente, através da cultura luso-espanhola, herdeira do legado islâmico, pois a Península Ibérica foi dominada pelos mouros durante quase 700 anos; e diretamente pela transferência, da África para o nosso país, de escravos islamizados. Contribuíram com o uso do cachimbo nos rituais de candonblé, na reclusão da mulher no período colonial, nas lendas, como a "Moura Torta", nas parlendas, contos acumulativos, folguedos e na veneração do cavalo, pelo gaúcho, etc.
Na mescla de povos que formaram São Paulo, os árabes estão entre os que influenciaram a cultura e a história da cidade. Vindos de países do Oriente Médio e Ásia Central, a partir de 1880, a primeira leva era de maioria cristã. Em 1894 nascia, sobre o leito drenado do rio Tamanduateí a Rua 25 de Março, uma das ruas de comércio mais tradicionais da cidade de São Paulo. No pequeno porto que havia neste rio eram desembarcados os produtos vindos da Europa e do Oriente que chegavam de Santos, assim as ruas que margeavam o porto começaram a receber comerciantes formados, em geral, pelos imigrantes oriundos daqueles países. Entre 1975 e 1991, em decorrência de problemas políticos no Oriente Médio, verificou-se uma nova afluência de árabes para o Brasil, destes, a maior parte eram mulçumanos. Estima-se que hoje a colônia árabe ultrapasse a casa dos 8 milhões.




Texto de Wladimir Catanzaro
Projeto Caixa Populi: Etnias / Wladimir Catanzaro - São Paulo: Caixa Econômicaa Federal, 1999. Fotos escaneadas do livro citado.

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