sexta-feira, novembro 24, 2006




PARTIDOS APROVAM FUSÃO E CRIAM A MOBILIZAÇÃO DEMOCRÁTICA


A Mobilização Democrática (MD), nova força política brasileira que surge da fusão do PPS com o PMN e o PHS, foi aprovada em congresso conjunto das três legendas, em Brasília, no último domingo (19) ; O Itapeviense Aparecido Donizetti Hernandez, foi Delegado pelo Estado de São Paulo inclusive sendo eleito para o Tribunal de Ética da Direção Nacional do mais novo partido político do Brasil, que tem o Deputado Davi Zaia como Presidente Estadual e Nelita Rocha como Secretária Estadual.
Ouviu o pronunciamento do Deputado Roberto Freire afirmando “Já somos um partido único, aberto ao diálogo com o governo federal, porém longe de render-lhe apoio”.
A nova legenda quer reformas, desenvolvimento econômico sustentável que gere justiça social sem o assistencialismo que não abre perspectivas para o fim da pobreza, investimentos na infra-estrutura, educação, ciência e tecnologia, entre outras propostas.
A MD, garante Freire, terá práticas de esquerda. O deputado comparou a nova legenda aos Democráticos de Esquerda, agremiação em que se transformou o antigo Partido Comunista Italiano, classificando-a de "uma boa experiência no mundo". Cético quanto à mudança do governo Lula, Freire lamenta que os aliados que o presidente busca não tenham mudado seu DNA. "Assim como Lula não mudou". O deputado adverte, no entanto, que a sociedade brasileira está cansada de escândalos e que "deu-lhe a vitória na esperança de que ele mude".
O novo partido, que terá o número 33, contará com 27 deputados, sexta bancada da Câmara, um senador, dois governadores (RO e MT), três vice-governadores (TO e,MA, e AM), 81 deputados estaduais, 367 prefeitos, além de quase quatro mil vereadores.
A Mobilização Democrática (MD) terá o mesmo tempo de televisão das grandes legendas do país, como PT, PMDB, PSDB e PFL. Serão 20 minutos semestrais de veiculação partidária e mais 40 minutos de inserções nos intervalos comerciais das redes de televisão. Nos estados também estará garantido o mesmo tempo para a propaganda partidária estadual.
Outra vantagem é o tempo garantido para o horário eleitoral. Segundo estimativas da direção nacional, o novo partido já largará com 1 minuto e 22 segundos, que será acrescido do tempo resultante da divisão entre as legendas que disputarão um pleito. Ou seja, quanto maior a coligação mais minutos de TV e, quanto menos partidos disputarem, por exemplo, um cargo majoritário, maior espaço terá a Mobilização Democrática no horário eleitoral.
Representação Outra vantagem da fusão entre as três legendas é a garantia de representação partidária em todos os legislativos do país. Em cada câmara de vereadores, assembléia e no Congresso a Mobilização Democrática assegurará estrutura partidária, por meio de gabinetes de lideranças, e voz ativa no parlamento, o que é vedado aos partidos que não superam a cláusula de barreira.
Freire diz que MD tem desafio de construir novo projeto para o país "Declaro abertos os trabalhos de um partido que já começa inovando no nome, rompendo com a concepção datada do capitalismo industrial; que tem o desafio de ser o velho partido e ao mesmo tempo construir o novo, elaborando um projeto político, econômico e social alternativo para a sociedade brasileira". Assim, o Presidente da MD, deputado Roberto Freire, terminou seu discurso do primeiro congresso nacional da Mobilização Democrática, no último domingo, quando efetivamente nasceu a nova formação política.
Freire é o presidente da MD por consenso entre as três agremiações que a formaram - PHS, PMN e PPS. Ele ressaltou que a fusão foi feita em igualdade de condições, "independentemente do desempenho de cada um nas eleições". Optou-se por esse caminho para que a MD não seja uma junção de números e quantidade de votos para superar a cláusula de barreira.
Criticou a tendência, que afirmou ser não só do Brasil, mas do mundo, de que a política "seja algo menor no campo de decisões" e que a economia, principalmente o mercado, determine os rumos das decisões, "para não perturbar o mercado". "Essa idéia de buscar a funcionalidade quer reduzir as disputas a pequenas diferenças entre forças políticas", referindo-se à proximidade de projetos defendidos pelos grandes partidos. "Todos aqui devem ter experimentado uma expectativa de mudança da realidade brasileira, com a eleição de 2002. Foi um processo de frustração contínuo, freqüente; a política econômica nada mudou e a política social revestiu-se de um assistencialismo que apenas mudou de nome, juntou programas que já existiam".
A imposição da cláusula de barreira, analisou Freire, "foi uma decisão de diminuir o número de partidos, num processo de tutela do Estado, como se as legendas fossem órgãos estatais e não expressões da cidadania". O presidente da MD voltou a afirmar que ela "não será instrumento de adesão a qualquer governo" e que ocupará espaço no campo democrático e de esquerda. "Não seremos sublegendas do PT ou PSDB. Podemos até fazer alianças em alguns momentos, mas teremos o nosso projeto". A MD fará oposição ao governo Lula.
Freire disse também que ainda não se sabe como ficará a situação do PMDB, se ele apoiará em bloco o Palácio do Planalto, numa digressão sobre as possibilidades de expansão da MD. "Mas o que está evidente é que será uma adesão movida a cargos, frágil, como a do mensalão". Segundo o deputado e novo presidente, a MD tem como prioridade construir uma alternativa com sustentação, que tenha o respeito da sociedade brasileira ".
“Nós temos a cultura da Internacional Comunista e do socialismo. O PMN tem os inconfidentes, o PHS, o solidarismo cristão. A contribuição de cada um tem de ser trazida para a nova formação, para construirmos uma história de mudanças na sociedade, de um país mais justo e fraterno".
Executiva terá o desafio de organizar MD em todo o país .
Hernandez ouviu ainda do deputado Roberto Freire “Temos que rever estratégias para traçar novos caminhos visando novos embates a partir das disputas municipais”, afirmou. Deixando claro como afirma Hernandez que em 2008 teremos candidatos a prefeito na maioria dos municípios brasileiros, e com uma nova filosofia a do candidato ser do partido e não o partido do candidato.

Um comentário:

Anônimo disse...

Chico do PCdoB

Olá,Donizetti,parabéns pela sua atuação,nesta nova empreitada política com esta fuzão partidaria, é isto ai a luta continua Boa Sorte. Bjs